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Trata-se do Freixo secular junto à torre heptagonal em Freixo de Espada à Cinta que está representado no “Livro das Fortalezas” desenhado a mando de D. Manuel I.
Uma árvore com mais de 500 anos foi alvo de um projeto de requalificação pela UTAD, no qual colaboram a Universidade do Algarve (UAlg), o Instituto para a Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e técnicos da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta (FEC). Trata-se do Freixo secular junto à torre heptagonal de FEC que está representado no “Livro das Fortalezas” desenhado entre 1509 e 1510 a mando de D. Manuel I.
O Rei ordenou a Duarte d’Armas, seu escudeiro, que registasse o estado das fortalezas que assinalavam e garantiam a defesa da soberania portuguesa junto da raia de Castela. Ao fazer a representação do castelo de FEC, o Debuxador do reino desenhou também o Freixo que se encontra junto à torre, arrolando assim a sua existência.
Com o pedido de classificação  “Planta Monumento”, o Instituto de Conservação da Natureza aconselhou o tratamento da árvore, devido ao seu estado. O processo de recuperação do símbolo de Freixo de Espada à Cinta, também conhecida por Freixo Duarte d’Armas, iniciou-se há cerca de um ano tendo a condição e estrutura sido melhoradas por processos cirúrgicos e técnicas para estabilização do tronco e copa.
Igualmente, foram realizadas pesquisas da história, arqueologia, botânica, fisiologia, fitossanidade, sequestro de carbono e métodos de propagação, processos onde foram usados instrumentos de alta tecnologia para recolha de imagens como drones e microscopia eletrónica.
Esta árvore de 500 anos, que superou já em 300 anos a esperança de vida dos seus congéneres, está também a ser objeto de clonagem para plantação em vários pontos do país. Pretende-se plantar um descendente deste “monumento vivo” para não se perder este exemplar raro.
Todos os trabalhos realizados e os estudos conduzidos foram explicados e debatidos a 31 de outubro no auditório Municipal da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, tendo os trabalhos sido conduzidos pelo jornalista da TSF, Fernando Alves, que se deixou seduzir pela história desta árvore singular que tanto significado tem para os habitantes de Freixo de Espada à Cinta.