Foto: Miguel Cadilhe

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UMA DATA MEMORÁVEL PARA A UNIVERSIDADE

Rodeada de grande solenidade, e integrada no 31º aniversário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), teve lugar no dia 24 de março a cerimónia de Doutoramento Honoris Causa de Miguel Cadilhe, que encheu por completo a Aula Magna com a presença do corpo doutoral da instituição e numerosos convidados, destacando-se a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.

Tal galardão foi atribuído a Miguel Cadilhe como reconhecimento pelo seu papel maior no engrandecimento do Douro, cabendo-lhe a ideia e dinamização da candidatura do Alto Douro Vinhateiro a Património Mundial. O reitor da UTAD abriu a cerimónia e classificou o momento como “uma data memorável” para a Universidade. “Esta distinção ao Doutor Miguel Cadilhe testemunha o legítimo orgulho desta academia, por passar a estar ligado para sempre à história desta Universidade”, afirmou Fontainhas Fernandes, que saudou também “todos aqueles que se envolveram no processo de candidatura do Douro a Património da Humanidade, bem como aos que continuam a honrar o esforço e o saber acumulados dos homens e mulheres do nosso Douro”.

A cerimónia cumpriu, com todo o rigor, o seu ritual, com as intervenções de Valente de Oliveira, no elogio ao padrinho do doutorando: o conhecido economista e académico Pinto dos Santos. Este, por sua vez, ao enaltecer as qualidades de Miguel Cadilhe, louvou a decisão da UTAD. “Um doutoramento Honoris Causa como este une a UTAD à sociedade e ao futuro, através do reconhecimento público do valor da obra de uma pessoa que se distingue também porque soube fazer distinguir o Douro”.

O novo Doutor agradeceu a distinção. “Foi uma das maiores honras da minha vida”, afirmou. Aproveitou para historiar o processo do Douro Património Mundial na sua génese, evocando personalidades que, com ele, tiveram um papel determinante na classificação da UNESCO. Recorreu também a uma citação de Agustina Bessa-Luís, de 1992, que dizia ser o Douro “o lugar cujo privilégio é o sofrimento”, para a contrapor dizendo que “hoje o Douro é um lugar de privilégio, por ser lugar de esperança, de modernidade, de desenvolvimento, de valer a pena regressar e de valer a pena não sair daqui”.

O Presidente do Conselho Geral, Silva Peneda, usou igualmente da palavra, louvando o enorme espírito renovador de Miguel Cadilhe, “que é também o espírito que aqui preside aos destinos da UTAD”.

A encerrar falou o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que realçou ter vindo ter vindo à UTAD “não apenas para participar neste Doutoramento Honoris Causa, mas para reconhecer o trabalho único feito pela equipa de António Fontainhas Fernandes e pela UTAD durante os últimos quatro anos, num processo claro de reposicionamento do que deve ser uma instituição de ensino superior no contexto local, nacional e europeu”. Anunciou também a publicação em Diário da República da “rede experimental da Vinha e do Vinho”, num propósito assumido de “pensarmos no local mas também no europeu”, e olhando “cada vez mais para a UTAD a pensar nos nossos desafios estruturantes a nível nacional”.

Ainda no âmbito desta cerimónia, a UTAD fez a entrega do prémio de Mérito Científico ao investigador José Morais, do CITAB, e o prémio de Inclusão Social à associação “Bagos D’Ouro”, destacando o seu papel na educação de jovens no Douro.