Foto: Entrada Principal UTAD

Partilhe

[Imprimir]

A 2 de agosto, cinco dias mais cedo do que em 2016, teremos consumido mais recursos naturais do que aqueles que a Terra é capaz de regenerar naturalmente num ano inteiro, de acordo o site do “overshootday”. A partir desse dia começamos a utilizar recursos que o planeta será incapaz de renovar até ao final do ano. Só em Portugal, a pegada ecológica está 160% acima dos recursos naturais nacionais, alerta a associação ZERO.

Consciente desta situação, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) construiu o Plano Estratégico para o próximo quadriénio (2017-21), sob o lema “Uma Eco-Universidade para o Futuro”, tendo como referência os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU na Agenda 2030, entre os quais se destacam acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar de todos, proteger o ambiente e combater as alterações climáticas.

A UTAD apresenta assim um conjunto de compromissos relativos a todas as suas áreas de ação, sendo os mais abrangentes: o reforço da componente de internacionalização do conhecimento produzido pela UTAD, que se reflete em vários ODS, associado aos mecanismos de divulgação e promoção das boas práticas de ciência aberta e partilha de conhecimento; a inclusão da Agenda 2030 e dos ODS na estrutura curricular dos vários cursos ministrados pela UTAD; e o reforço do papel da UTAD enquanto veículo e promotor da Agenda 2030 no contexto das suas relações com a comunidade, com as empresas e com entidades públicas ou privadas.

Como compromissos mais específicos, destacam-se, a título de exemplo: reforçar as medidas visando o uso eficiente da água no campus, assim como o combate ao desperdício; reforçar a investigação visando promover sistemas agrários sustentáveis e a gestão sustentável e eficiente dos recursos naturais; sensibilizar a comunidade para formas e hábitos de consumo ético e sustentável, o combate ao desperdício alimentar e a redução dos resíduos; reforçar a investigação com impacto na promoção do turismo sustentável e comunitário; e reforçar a investigação e sistematizar os conhecimentos sobre alterações climáticas e seu impacto na região e no país.

As intervenções previstas para os próximos anos vão consolidar o campus da UTAD como um símbolo de sustentabilidade ambiental, de descarbonização e de redução da pegada ecológica. O futuro da Terra convoca ao envolvimento da comunidade científica e esta tem a obrigação de dar o exemplo.