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A UTAD foi palco, nos dias 19 e 20 de abril, de um congresso internacional subordinado ao tema “Portugal na (e no tempo da) Grande Guerra”, o qual reuniu um número vasto de investigadores das áreas de estudos culturais, artes, religião, estudos militares, ciências da comunicação, história, entre outras. A organização pertenceu ao Departamento de Letras, Artes e Comunicação da UTAD. A sessão de abertura contou com a presença do Reitor, Fontainhas Fernandes.

Muitas questões, consideradas pertinentes 100 anos depois deste que foi o primeiro conflito armado à escala mundial, estiveram em debate por especialistas reconhecidos nas diversas áreas de estudo: Que marcas culturais e sociais deixou a Grande Guerra em Portugal? Como foi vista e vivida a Grande Guerra em Portugal e na Europa, mas também nas então colónias portuguesas africanas? Que receção fez o mundo da cultura, das artes e da imprensa ao tema da guerra e qual a perceção da Grande Guerra nas localidades do interior do país? Como se projetou a Grande Guerra no futuro, militar, política e culturalmente?

Merecedoras de destaque foram as várias sessões plenárias: o catedrático da Universidade do Minho Norberto Ferreira da Cunha, falou sobre o papel de Bernardino Machado na 1ª Guerra Mundial; o Tenente-Coronel Abílio Pires Lousada, sobre a ação do Batalhão de Infantaria 13, de Vila Real, na Batalha de La Lys; e o director do Museu Nacional de Imprensa Luiz Humberto Marcos, sobre a censura e o humor refletidos na imprensa que acompanhou a Grande Guerra. Igualmente relevante foi a mesa redonda com os testemunhos de dois jornalistas da RTP familiarizados com os cenários de guerra dos nossos dias (José Carlos Ramalho e João Fernando Ramos) que deixaram algumas respostas sobre o que mudou no jornalismo cem anos depois da Grande Guerra.