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UTAD colocou no mercado clone de castanheiro resistente à “Doença da Tinta”

No passado dia 13 de abril, no auditório da biblioteca central da UTAD, decorreu a assinatura do contrato de licenciamento do “ColUTAD”, o porta-enxerto de castanheiro de nova geração resistente à “Doença da Tinta”, desenvolvido por investigadores da UTAD. Trata-se de um clone de castanheiro, resultante do cruzamento entre o castanheiro europeu “Castanea sativa” e o japonês “Castanea crenata”, já testado em colaboração com dezenas de agricultores, em que se confirmou ser “resistente à doença que foi responsável pela destruição em Portugal de um milhão de castanheiros nos últimos vinte anos.

A assinatura do contrato de licenciamento cumpre uma das grandes missões da Universidade: a transferência do conhecimento às empresas. No caso, trata-se de um contrato de transferência da gestão dos direitos comerciais para a Serviruri – Prestação de Serviços Técnicos agrícolas LDA, uma empresa do setor viveirista que tratará da sua
multiplicação e comercialização. Por cada planta vendida, a UTAD receberá uma percentagem financeira, que irá reverter para o aprofundamento do estudo do ColUTAD e obtenção de mais porta-enxertos resistentes.
Intervieram na sessão o reitor da UTAD Fontainhas Fernandes e também o empresário Carlos Ramos, em nome da Serviruri, e os investigadores José Gomes Laranjo e Maria João Gaspar, em nome da equipa responsável pela criação do porta-
enxerto.

Recorde-se que o trabalho científico com vista ao desenvolvimento deste clone decorre há vários anos, tendo na sua base o contributo, nos anos 50 do século passado, do investigador Columbano Taveira Fernandes e, nos anos 80, de investigadores da UTAD, como o antigo vice-reitor António Lopes Gomes, Carlos Abreu, Luís Torres de Castro e Alberto Santos.