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Especialistas propõem mais cooperação transfronteiriça

 

Foi dado a conhecer na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), no dia 4 de julho, um estudo sobre a cooperação transfronteiriça na prevenção e extinção de incêndios florestais, com incidência da Galiza e Norte de Portugal. O estudo, da autoria de três especialistas portugueses e galegos, foi apresentado pelo coordenador, Juan Picos Martin, professor da Universidade de Vigo, numa sessão presidida pelo vice-reitor da UTAD, Emídio Gomes.

Para além de Juan Picos Martin, intervieram no trabalho Marc Ribau, inspetor-chefe da área florestal e especialista em incêndios florestais em Espanha, e António Salgueiro, engenheiro florestal português e especialista em fogo controlado. A grande motivação do estudo foi procurar respostas para uma preocupação crescente relativa à grande frequência de incêndios que, tendo origem num país, atravessam a fronteira e provocam graves danos no país vizinho.

Considerando que o problema tem vindo a agravar-se de forma considerável com a incidência recente de grandes incêndios florestais, impõe-se maior cooperação entre os dois países. “Urge desenvolver medidas transfronteiriças objetivas” – dizem os autores do estudo, – medidas que “permitam enfrentar, nas melhores condições, esta ameaça constituída pelos grandes incêndios florestais, normalmente associados a condições meteorológicas extremas e de difícil controlo em caso de emergência, e em que é necessário cooperar imediatamente desde a prevenção e a preparação”.

Para os especialistas, é imperioso e urgente a implementação de um sistema que permita a comunicação rápida e simples entre as estruturas dedicadas das duas regiões, relativamente aos episódios detetados nas proximidades das zonas fronteiriças, através de um dispositivo coordenador de observação permanente, com câmaras ou detetores aéreos. “Atualmente –alerta o estudo – nenhum dos sistemas de alerta de risco de incêndio florestal dá informação na área transfronteiriça vizinha”.