Partilhe

[Imprimir]

Organizada pela comissão de biossegurança da UTAD, teve lugar, no auditório de geociências, no dia 12 de fevereiro, uma palestra-debate sobre o tema “A ameaça dos coronavírus: conhecer para mitigar”, que teve como orador o docente de Doenças Infeciosas e Medicina Veterinária Preventiva na UTAD, Nuno Alegria.

O palestrante esclareceu como, desde o início do milénio, vários agentes de natureza vírica oriundos de animais foram capazes de ultrapassar a barreira da espécie e causar a morte a centenas de pessoas, quase sempre por doença respiratória. Foram indicados como exemplos a “SARS” (síndrome aguda respiratória grave) e a “MERS” (síndrome respiratória do médio oriente), que precederam a nova coronavirose surgida na cidade chinesa de Wuhan, causada pelo agente designado por 2019-nCoV.

Apesar da experiência acumulada e das fortes medidas de contenção aplicadas pelas autoridades chinesas – sublinhou o especialista – ainda não foi possível conter esta nova doença e os casos fatais não param de aumentar, embora ocorram maioritariamente na zona de contenção do agente. Num esforço sem precedentes, a rápida resposta da comunidade científica internacional tenta desenvolver os métodos de diagnóstico, uma terapêutica que permita a cura e uma vacina eficaz.

No sentido de coordenar e por isso melhorar a resposta global a esta crise, a OMS juntou, nos próximos dias 11 e 12 de fevereiro, os peritos mundiais sobre a doença. Até que se cumpram os objectivos atrás enunciados, lembrou também Nuno Alegria, resta acompanhar a informação e cumprir as instruções emanadas pela Direção Geral de Saúde, esperando que em breve as temperaturas primaveris atenuem os efeitos do agente, e a sua disseminação seja por isso mais facilmente contida.