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O ciclo de conversas “Às Quintas no Douro”, uma iniciativa organizada pela Liga dos Amigos do Douro Património Mundial, com a colaboração da UTAD, iniciou-se no dia 28 de maio com um painel de quatro jovens convidados, com percursos diversos ligados Douro, moderado por Eduarda Freitas:  Paulo Costa (animação de eventos desportivos), Marta Marques (turismo), Tiago Alves de Sousa (viticultura e enologia) e Joana Lopes (comunicação e indústrias criativas).

O objetivo era olhar para o futuro, com uma visão positiva, sem ficar preso ao habitual rol de problemas e obstáculos, o que não se revelou tarefa fácil. Na verdade, algumas das primeiras palavras foram dedicadas às questões crónicas neste tipo de debates, como a demografia negativa, o défice de comunicação, a falta de competitividade das empresas e de liderança regional, ou a debilidade e a divisão do movimento associativo.

Tiago Alves de Sousa deu um dos motes para a visão positiva ao dizer que “a natureza fez o mais difícil”, pois moldou a base de uma paisagem única, e Paulo Costa acrescentou que “o Douro é uma fábrica maravilhosa, que produz tudo em qualidade”.

A propostas vieram pouco a pouco, também com o estímulo dos comentários e questões dos cerca de 60 participantes que acompanharam à distância, com a visão de que o presente já é muito especial e de que o futuro só pode ser mais promissor, com novas marcas, novos produtos, e um turismo que puxe por outras atividades.

Desta primeira quinta feira ficou um “caderno de encargos” pesado, mas muito claro, para que se cumpra um melhor futuro para o Douro: promover um plano de marketing para a região, que envolva toda a cadeia de valor e institua a “marca Douro”; comunicar de forma profissional e constante, para que se perceba o valor singular do território; contribuir para o orgulho e a autoestima de todos; trabalhar em rede com objetivos comuns; agregar o movimento associativo; mobilizar as artes e as atividades criativas; fomentar o capital social e contar com uma liderança mais agressiva.

Face a este caderno de encargos, e a uma história de muitos séculos, fica necessariamente a questão: será que a natureza fez mesmo o mais difícil?