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Docente da UTAD é uma das investigadoras do projeto

Mapear e avaliar criticamente como a medicina veterinária baseada na evidência é ensinada atualmente a estudantes e profissionais de veterinária em Portugal e comparar com exemplos de outras escolas veterinárias da Áustria, Irlanda e Finlândia, é o principal objetivo do EVIEDVET.

Este projeto, aprovado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia em cerca de 250 mil euros, foi um dos quatro aprovados na área da educação entre mais de 100 candidaturas, e pretende ainda “explorar as implicações dos resultados obtidos para o ensino de medicina veterinária, bem como para a educação contínua para profissionais, assim como as consequências sociais, éticas e deontológicas de uma inadequada formação, que não desenvolva competências para o pensamento crítico e científico”.

O EVIEDVET, que terá a duração de três anos (2021-2023), reúne quatro investigadores ligados à medicina veterinária, educação e ciência animal, nomeadamente, Manuel Magalhães-Sant’Ana e George Stilwell da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa, Isilda Rodrigues da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e do Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Universidade do Porto (UP) e Nuno Franco do I3S da UP.

Sendo, na sua essência, um projeto de investigação pedagógica, o EVIEDVET pretende elaborar, testar, avaliar e disseminar conteúdos pedagógicos gratuitos em forma de jogos, slides de apresentação, podcasts, vídeos de curta-duração e ainda um sítio web. Estes conteúdos educativos servirão de base para a “elaboração de um currículo de e-learning para o ensino superior e para a educação contínua dos médico-veterinários”.

“A prática de medicina veterinária baseada na evidência é uma das mais importantes competências de um médico veterinário. Contudo, não existem evidências fiáveis de que o ensino dos médicos-veterinários em Portugal os prepare para serem competentes na recolha, interpretação e avaliação da qualidade da informação científica. Este poderá ser um dos motivos pelos quais, nos últimos anos, as terapias não convencionais (TNCs) – tais como acupuntura, medicina tradicional chinesa, homeopatia e osteopatia – se tornaram cada vez mais populares na prática da medicina veterinária, apesar da escassez de evidências da sua eficácia por estudos bem delineados, imparciais, confiáveis e adequadamente interpretados”, pode ler-se na candidatura do projeto.