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A cerimónia do doutoramento Honoris Causa à pintora Graça Morais fez o Primeiro-Ministro, António Costa, deslocar-se até à UTAD.

Quero associar-me a esta homenagem tão merecida, renovando o testemunho da minha grande estima e velha admiração por Graça Morais e pela autenticidade, atualidade e vigor da sua obra”, revela.

A atribuição deste título académico à pintora transmontana é, nas palavras do Primeiro-Ministro, “um ato de grande justiça e um tributo a quem nunca deixou estas terras e estas gentes, fazendo delas o centro da sua arte e o símbolo da nossa responsabilidade perante elas”.

A vasta obra de Graça Morais faz-se “na fidelidade e coerência”. “Fidelidade às origens, reais e míticas; coerência da forma e do sentido. Memória de um mundo imemorial, é também denúncia de um tempo em que o progresso tecnológico não foi muitas vezes acompanhado do progresso humano”, acrescenta.

Com mais de 50 anos de vida artística, Graça Morais é uma das grandes referências na história da arte contemporânea europeia. “Na sua obra, o feminino é uma raiz e uma sabedoria: a visão da artista vai ao encontro dos rostos das mulheres onde o silêncio fala e é uma resistência e uma afirmação da vida contra a morte”, conclui o Primeiro-Ministro.

 

 

Texto: Patrícia Posse