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“A população portuguesa em 2050: qual será o impacto da crise demográfica nos territórios?” Esta será a questão nuclear da próxima sessão das “Territory Talks – Conversas sobre o(s) Futuro(s) do(s) Território(s)”, agendada para 6 de julho. A convidada será a professora e investigadora Teresa Ferreira Rodrigues, que colaborou no “Foresight Portugal 2030”, um projeto da Fundação Calouste Gulbenkian.

A grande maioria do território nacional em 2050 será constituída por espaços de baixa densidade e de população envelhecida. Face a esta realidade, Teresa Ferreira Rodrigues antecipará o cenário demográfico das próximas décadas: declínio acentuado e envelhecimento da população e aceleração do despovoamento do Interior e das zonas rurais (a redução populacional poderá atingir os 30%), com consequente concentração da população no Litoral, nomeadamente nas áreas metropolitanas.

Até meados do século XXI, prevê-se que a população muito idosa (com 85 anos ou mais) triplique e que os maiores de 65 anos dupliquem. Já os jovens serão menos de 26% e a população ativa e contributiva será inferior a 33%. Estes números levarão Teresa Ferreira Rodrigues a analisar os impactos do envelhecimento da população e do défice de jovens nos diferentes espaços territoriais do País, nomeadamente em termos das disponibilidades de capital humano, da morbilidade e da proteção social.

De participação gratuita e com transmissão em streaming, o webinar começará às 18h e será moderado pelos investigadores Luís Ramos e Lívia Madureira.

 

“Territory Talks – Conversas sobre o(s) Futuro(s) do(s) Território(s)” até 2023

Organizadas no âmbito do 20º aniversário do Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento (CETRAD), as “Territory Talks – Conversas sobre o(s) Futuro(s) do(s) Território(s)” procuram traçar uma visão prospetiva dos territórios, pela voz de um conjunto de especialistas.

Até meados de 2030, as “Territory Talks – Conversas sobre o(s) Futuro(s) do(s) Território(s)” vão contribuir para (re)pensar o lugar que os territórios podem e devem ocupar na construção de um cenário prospetivo, desejável e possível para Portugal, à luz dos grandes desafios societais, ambientais e tecnológicos do século XXI (a crise climática e a transição energética, o uso eficiente de recursos e a conservação da biodiversidade, a crise demográfica e a renovação geracional, a transformação digital da sociedade e da economia, a reconfiguração do modelo de globalização e a reindustrialização, entre outros). A próxima sessão antecipará o futuro de Portugal com o impacto das alterações climáticas e decorrerá em setembro.

Texto: Patrícia Posse