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UTAD na celebração do seu 37º aniversário: Construir um destino universitário atraente e apelativo

Cumprindo a solenidade própria dos seus mais relevantes atos académicos, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) celebrou no dia 22 de março, na Aula Magna, o seu 37º aniversário com uma cerimónia testemunhada por muitos convidados, entre autoridades políticas, académicas, militares e religiosas, para além de grande representação da academia: docentes, investigadores, alunos, ex-alunos e funcionários. A cerimónia foi acompanhada por momentos musicais pelo coro misto do Conservatório de Música de Vila Real.

A abrir a sessão, o Reitor da UTAD, Emídio Gomes, proferiu uma intervenção muito voltada para “analisar o presente e projetar o futuro”. Realçou os compromissos assumidos no Plano Estratégico 2021-2025 e deu nota dos avanços que têm marcado o seu mandato reitoral. 

“Construir um destino universitário atraente e apelativo é o grande desafio da UTAD e da sua envolvente”, afirmou o Reitor, lembrando a cooperação crescente com as instituições quer de Vila Real, quer de todo o Norte, assim como a ligação em rede com os principais centros de investigação do país em áreas de excelência. A UTAD reivindica assim “um papel relevante no ensino universitário”, uma posição que Emídio Gomes assim sustentou:

“Não nos tentem convencer que o futuro do país passa pela concentração do investimento no espaço retangular reduzido de 350 por 30 kms, praticante, pois, de uma espécie de caridade pública para os restantes dois terços do território, porque essa política só agravará ainda mais os problemas do país. Do nosso lado, a equipa reitoral tudo tem feito e tudo continuará a fazer para o reforço do posicionamento da UTAD.”

Também os avanços no domínio da internacionalização mereceram no Reitor palavras de regozijo, reconhecendo que a UTAD “está a afirmar-se como referencial sólido e atrativo, que se traduz na presença de 54 nacionalidades e de mais de mil alunos na nossa academia”.

Seguiram-se as intervenções do Presidente da Associação Académica, Diogo Machado, e da representante dos funcionários no Conselho Geral, Lília Macieirinha, bem como e entrega dos Prémios de Mérito Científico e as Bolsas de mérito escolar e também os prémios a docentes e funcionários que completaram 20 anos de serviço, merecendo especial relevância o Prémio Investigador do Ano 2022 atribuído a Ana Barros e o Prémio Investigador Jovem do Ano 2022 a Márcia Carvalho. O primeiro distingue a investigação produzida e o impacto nacional e internacional da investigação e valorização de produtos de base biológica, em particular da indústria vitivinícola. O segundo distingue a investigação produzida na valorização de produtos de base biológica, monitoramento integrado de impactos climáticos e ambientais com recurso a processos inovadores. 

Momento alto desta celebração foi ainda o lançamento simbólico da “Rede de Embaixadores Alumni”, que agrega antigos e atuais estudantes nacionais e internacionais numa rede que não conhece fronteiras. São, nesta fase, 37 embaixadores espalhados por 28 países, cuja missão é promover e divulgar a academia transmontana, de criar networking e representar a UTAD, contribuindo para a afirmar como destino universitário cada vez mais global.  

A oração de sapiência coube ao Presidente da CCDR-N, António Cunha, e versou o tema “As Universidades e o Desenvolvimento Regional”. Numa visão da Universidade como promotora do desenvolvimento, o orador, também ex-reitor da Universidade do Minho, introduziu o conceito de Universidade de 4ª geração, como sendo a Universidade do futuro. “Centrada na criação de valor, tem também como objetivo moldar proativamente a sua envolvente socioeconomicamente, ou seja, ser o motor de desenvolvimento económico”. Como exemplo neste domínio, destacou o que a UTAD já faz “na criação de enólogos que mudaram o setor do vinho a nível nacional”.

A encerrar a sessão solene, Cristina Azevedo, em representação do Conselho Geral da Universidade, interveio com palavras enaltecedoras para com a missão que a UTAD cumpre no território e no país. “A UTAD é uma das universidades portuguesas onde surge, de forma mais preclara, o embate com o território onde se fundou” e onde “o brilho do seu terroir cega qualquer tentativa de desenraizamento”, afirmou a oradora, reforçando o seu pensamento com a pergunta: “Onde encontrar semelhante imponência nos valores culturais e paisagísticos, semelhante diversidade de produtos autóctones e endógenos, semelhante qualidade na sua âncora aglutinadora: a vinha e o vinho?”.