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Refletir sobre como inovar no enoturismo, numa perspetiva da sustentabilidade e do impacto da atividade no território, foi o objetivo da segunda edição do Fórum de Sustentabilidade e Inovação Enoturística, que decorreu no passado dia 23, na Ilha da La Palma (Espanha). 

O encontro dedicado ao conhecimento de projetos de investigação e debate de ideias, juntou profissionais do setor e professores das universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro, de La Laguna (Espanha) e do Vietname, para partilhar conhecimento sobre a inovação e a sustentabilidade no enoturismo. 

A circularidade entre o enoturismo, a vitivinicultura e a paisagem a importância da transferência de conhecimento das grandes empresas produtoras de vinho para o pequeno produtor como forma de melhoria da qualidade da matéria-prima (uva), a preservação das videiras e qualidade da paisagem foram alguns dos temas em debate. 

Alexandre Guedes, docente e investigador do Centro de Estudos Transdisciplinares de Desenvolvimento (CETRAD) da UTAD, que tem dedicado grande parte da sua investigação ao enoturismo em Portugal, e Abel Duarte Alonso, especialista em Enoturismo e Gestão de Empresas da Western Michigan University, foram os oradores convidados.

 O professor da academia transmontana focou-se, entre outros tópicos, no posicionamento do enoturismo português no mundo e na influência da paisagem vinhateira no fenómeno turístico, nomeadamente nos preços do alojamento, na distribuição da procura turística anual e na navegabilidade no rio Douro.

Este encontro enalteceu a importância do enoturismo como um subsetor do turismo, que tem o potencial de criar valor nas pequenas explorações, e que poderá desempenhar um papel relevante na internacionalização dos vinhos”, refere Alexandre Guedes.

Exemplos de inovação e sustentabilidade na oferta enoturística em Portugal (quintas, museologia, rotas) e o modelo produtivo e os recursos do enoturismo nas quintas, fizeram também parte da apresentação do docente. 

Texto: Joana Costa