Para que os estudantes se tornem embaixadores de um futuro “mais verde” e guardiães dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) tem apostado no programa “EcoSkills”. Nesta 3ª edição, estão inscritos 90 participantes, oriundos de Vila Real, Aveiro, Porto e Braga.
“Esta iniciativa começou com a aspiração de ver os nossos estudantes, que têm o privilégio de estudar num ecocampus, desenvolverem competências de sustentabilidade e adotarem boas práticas de preservação do bem comum”, revela a provedora do estudante, Isilda Rodrigues.
O “EcoSkills” veio preencher a lacuna entre as competências técnicas (hard skills) e as interpessoais (soft skills), sendo uma mais-valia aquando do ingresso no mercado de trabalho. O programa já formou perto de meia centena de estudantes, de diferentes cursos, que são, agora, mais conscientes e críticos dos desafios ambientais da atualidade.
Para João Brito, finalista da licenciatura em bioquímica, o programa “EcoSkills” é quase uma ligação natural com o estatuto de ecocampus da UTAD. Por isso, frequentou ambas as edições e o balanço é positivo: “mesmo havendo temas semelhantes, as abordagens foram totalmente distintas, dando assim margem para realizar projetos diferentes. As palestras foram bastante esclarecedoras, abordando as causas dos problemas e as soluções, muitas delas extremamente práticas e totalmente acessíveis a qualquer pessoa”.
De março a junho, os estudantes vão desenvolver competências ao nível da gestão dos resíduos, da redução de desperdícios, do uso de energias renováveis, da reutilização de produtos, da não utilização de produtos de plástico de utilização única, da poupança e gestão da água e da energia e, no final, têm de apresentar um projeto de ação para a sustentabilidade. Acreditado com dois ECTS (European Credit Transfer and Accumulation System), o programa “EcoSkills” desenvolve-se ao longo de seis sessões teórico-práticas.
A semente do “EcoSkills” foi plantada com o objetivo de mostrar também o carácter distintivo da formação na UTAD. “Queríamos que os nossos estudantes fossem reconhecidos como ‘eco-students’, destacando-se não apenas entre nós, mas também em comparação com os seus colegas de outras universidades”, conclui a mentora do programa, Isilda Rodrigues.
Texto: Patrícia Posse
