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Amanhã, 28, pelas 10h30, o Centro de Recuperação de Animais Selvagens (CRAS) do Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro vai devolver à Natureza uma águia-cobreira (Circaetus gallicus), no Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar.

Em recuperação há quatro meses, esta ave veio transferida do Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto (CRASM), onde deu entrada com lesões na asa direita (fratura da ulna e do metacarpo), na sequência de um disparo. Nos túneis de voo do CRAS, exercitou-se para recuperar a forma física necessária para poder ser devolvida, em segurança, ao seu habitat. A ave voará em direção ao céu, perante o olhar atento de mais de uma centena de alunos (do 4º ao 8º ano de escolaridade), acompanhados pelos professores e elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Vila Pouca de Aguiar.

Com estatuto de conservação de “Quase ameaçada” em Portugal, a águia-cobreira é uma ave de rapina de grande porte e pode atingir 180 cm de envergadura. As suas asas são compridas e largas, sendo facilmente reconhecível pelas penas brancas da face ventral e pelos olhos grandes e amarelos. Esta espécie estival (que chega geralmente em Março e parte em Setembro) alimenta-se quase exclusivamente de répteis.  Pode ser vista a planar em círculos a elevada altitude ou a peneirar (permanecer imóvel no ar através de pequenos ajustes nas asas).

 

Texto: Patrícia Posse

Fotografia: Direitos Reservados