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A Luz e a Consciência. Qual ilumina mais o nosso caminho? Ou de que forma uma e outra se completam nessa função? Estas interrogações foram o pano de fundo das reflexões que o escritor e filósofo Paulo Borges trouxe à UTAD, na sua conferência “Luz e Consciência”, realizada no dia 10 de dezembro, na sala de exposições da Biblioteca Central, a encerrar o ciclo de celebrações do Ano Internacional da Luz.
Organizada pelo Grupo de Missão para a Cultura, esta conferência revelou-se, em alguns momentos, para a assistência, um singular exercício introspetivo na busca de respostas sobre o que, em realidade, a consciência ilumina. Paulo Borges, que começou por dissertar sobre a luz em termos filosóficos, psicológicos, religiosos e espirituais, viria a reconhecer no exercício da consciência as respostas possíveis para as fragilidades da própria luz, na convicção de que a luz da consciência é, afinal, a luz divina.
Para o filósofo, a experiência da consciência está sempre a acontecer, essa é a condição de estarmos vivos, e, se a luz objetiva permite captar as formas visuais que nos rodeiam, o espaço, os objetos, as cores e tudo o que está vivo, é a luz da consciência que permite visualizar as experiências sentimentais, a ternura, mas também a raiva.
Paulo Borges, que é professor do Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mas também ensaísta, poeta e escritor, com uma vasta obra distribuída pelos vários domínios literários, demonstrou nesta conferência a imensa latitude dos seus conhecimentos na prática e instrução da experiência meditativa.